segunda-feira, 8 de junho de 2009

"É difícil passar o dia falando de ódio", diz Ângelo Paes Leme sobre "A Lei e O Crime"

"O Nando é o melhor personagem da minha carreira". É assim que Ângelo Paes Leme classifica seu trabalho em "A Lei e O Crime", seriado que termina nesta segunda (08) sua primeira temporada. De Marcílio Moraes, a produção mostrou uma proposta de retrato realista do dia a dia de policiais e traficantes. E Nando, o protagonista, viveu os mais variados conflitos. Depois de matar o sogro em um momento de raiva, ele se viu sem saída e acabou entrando para o mundo do crime "por força das circunstâncias". "Tudo o que ele fez foi lutar pela vida. Foi a forma que ele encontrou para ter paz", defende Ângelo.Depois de cinco meses no ar, a produção chega ao fim tendo atingido uma média de 13 pontos de audiência, considerada mais do que satisfatória pela Record. Tanto que a emissora já pensa em uma segunda temporada, que deve estrear em 2010. E mais: Marcílio e o diretor Alexandre Avancini estão adaptando a história para virar um longa-metragem, cujo único ator confirmado, aliás, é Ângelo. "O tratamento do Marcílio sobre o assunto foi muito realista, muito sóbrio. Isso não permitiu sentimentalismo ou espetacularização das cenas de ação", acredita ele, que, desde que foi para a emissora, passou a acumular personagens densos. O primeiro foi o bandido Jeferson de "Vidas Opostas", em 2006. Depois, o "garanhão" Rodrigo das duas primeiras fases de "Caminhos do Coração".

Seriado é um formato ainda novo no Brasil. Como você vê a reação do público depois de cinco meses no ar com "A Lei e O Crime"?

É um formato que já deu certo em outros países, acho que até pela proposta da linguagem, que conta uma história com mais rapidez. Gosto, principalmente, do tratamento dos personagens, que em nenhum momento foi maniqueísta. Eles erram, acertam, têm frustrações e desejos como todo ser humano. Acho que tem tudo para dar certo.

Sobraram cenas fortes no seriado. Como foi a experiência de passar meses convivendo, ainda que na ficção, tão diretamente com a violência?

É difícil passar o dia falando de ódio, vingança, dando tiros. Isso continua com você quando você sai do estúdio, porque são meses intensos. Mas é bom porque passei a ter um olhar mais astuto, mais penetrante nessa realidade, que é bem próxima de quem vive nas grandes cidades.

Na Record, você fez papéis inegavelmente melhores que na Globo. Você associa essa decolagem na carreira à mudança de emissora?

Trabalhar com hipóteses é complicado. Em relação à Globo, todos os personagens que fiz lá me satisfizeram. Se estivesse lá, não sei o que estaria fazendo. Mas sei que o que estou fazendo aqui é muito bom. O Nando foi o melhor personagem da minha carreira. Não por ser protagonista, mas pela densidade, pelas questões que ele levanta, pela reflexão.

Com o fim do seriado, quais os seus projetos? Você permanece na próxima temporada? E o filme?

Vamos começar a rodar o filme em breve. Fico bem animado porque o seriado, em si, já se aproximava bastante de uma filmagem de cinema. E é um veículo onde já fiz ótimos trabalhos, como em "Os Desafinados", "Muito Gelo e Dois Dedos D´Água" e "Meu Nome Não é Johnny". Compro DVD´s como um alucinado, adoro cinema. Agora meu foco é esse.

E não perca hoje às 23h20 o último episódio da série de Marcílio Moraes, "A Lei eo Crime".

Um comentário:

  1. Matheus eu usei um programa que se chama Ulead Gif Animator, ele abre os vídeos em AVI e os transforma em Gifs, aí é so salvar no PC e passar para o Photobucket ou o ImagesHack

    ResponderExcluir