
Com ar de mistério, Gabriel garante a todo momento não conhecer a verdadeira face do personagem e fala com entusiasmo dos mocinhos que viveu, como o Fernando, de "Essas Mulheres", e o Antônio, de "Cidadão Brasileiro". "Estou na Record há cinco anos e começando minha quinta novela consecutiva aqui. Tenho muito orgulho do papel que desempenho, com personagens diferentes e interessantes", valoriza, destacando a importância de "Essas Mulheres" na sua carreira. "Essa novela quebrou preconceitos e gerou nas pessoas vontade de vir trabalhar aqui", acredita.
Mas a escassez de heróis na carreira do paulistano chega a ser curiosa. Apesar dos olhos e cabelos claros e traços de "bom moço", o ator de 37 anos está para lá de acostumado a dar vida a malfeitores. Depois de estrear na TV em 1996, como o vilão da trama "Razão de Viver", do SBT, e atuar no ano seguinte em "Por Amor e Ódio", da Record, Gabriel ganhou destaque como o "bad boy" Olavinho, de "Anjo Mau", sua primeira trama na Globo. E parece ter convencido na pele de tipos nada ortodoxos, já que colecionou vilões, como o adúltero Augusto de "Terra Nostra", o vampirão Victor, de "O Beijo do Vampiro" e o delegado Taveira, que também virou vampiro na saga "Caminhos do Coração". "Acredito muito no fato de que se você acerta em alguma coisa, o mercado tende a te repetir naquilo que já deu certo", arrisca o filho da atriz Regina Braga e do diretor Celso Nunes.
Contratado até o final da trama - e avesso a longos compromissos profissionais, "O contrato mais longo que tive minha vida inteira foi o de quatro anos na universidade. Gosto de preservar meu poder de decisão, dou bastante valor a isso" -, Gabriel acalenta o sonho de criar uma companhia de teatro. Sua ideia é produzir espetáculos de todos os tipos - inclusive musicais, já que integrava uma banda de rock na adolescência. "Quero voltar às minhas origens de Unicamp e repetir parcerias para construir um corpo estável de criação", avisa ele, conhecido por sua aversão à ideia de celebridade constantemente associada à sua profissão. "É fascinante o poder de infiltração social da TV, de poder se comunicar com muitas pessoas de muitos lugares ao mesmo tempo. Mas a ideia de que ator tem sempre de agradar me incomoda muito. Ser celebridade vai contra a profissão", enfatiza.
Fonte: Uol Televisão.
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